Segunda-feira, 11 de Junho de 2007
Gostava de se assumir como tal.
Romântico e idealista.
Pensava sempre que essa era a sua principal arma.
Não se achava melhor, maior, pior ou diferente; apenas era assim.
Tinha a noção que não era por isso que o mundo lhe era facilitado.
Sabia que tinha que lutar e trabalhar para alcançar algo.
Mas devido a esta Natureza nunca se propusera a algo fácil ou simples, queria sempre o Mundo.
Descobria em si pensamentos e desejos que apenas o incumbiam de procurar alcançar os céus mais longínquos, e nunca da forma mais simples, havia de ser sempre por caminhos sinuosos.
Não baixava os braços, não se atemorizava, não virava a cara à luta. Mas era mortal. Era falível. Era humano.
Nem sempre o seu ideal romântico e puro chegava para tais conquistas.
E ainda tinha que aturar os barrocos, os clássicos, os ileterados. Seriam sempre parte da sua vida.
Havia alturas que pensava que tudo corria mal, que o seus pés caminhavam por terrenos enlameados e difíceis de contornar.
Havia alturas que pensava que podia estar a fazer tudo mal, que apenas se estava a enganar a ele próprio.
Havia alturas que julgava trabalhar sem razão, para o Vazio.
Mas cada vez que algo corria bem (e não eram assim tão poucas!), nada, mas nada apagava da sua cara aquele sorriso de dever cumprido.
E ao olhar em seu redor, e para aqueles que realmente importavam, desfazia-se em lágrimas silenciosas e sem textura, pois sabia, naquele exacto momento, que tudo fazia sentido.....
Saudações e outra palavra que rima com esta mas que ainda não posso escrever
música: RHCP - Californication